Grapefruit slice atop a pile of other slices

Ibovespa mostra fraqueza em dia de vencimento de opções, com EUA no radar.

 


     Ibovespa mostrava fraqueza nesta sexta-feira, trabalhando abaixo dos 127 mil pontos, mesmo após três quedas seguidas, em dia de vencimento de opções sobre ações na B3, enquanto permanecem os ajustes de expectativas relacionadas à política monetária norte-americana.

Às 11:36, o Ibovespa 
IBOV
 caía 0,48%, a 126.709,81 pontos, após ter recuado mais de 3% nos três pregões anteriores. Na semana, até o momento, acumula um declínio de 3,27%. O volume financeiro na sessão somava 4 bilhões de reais.

Em meio a dados recentes mostrando uma economia norte-americana robusta, agentes financeiros têm ajustados apostas sobre o começo e o tamanho de um bastante aguardado ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve, com alguns já avaliando que uma redução em março pode ser uma aposta muito otimista.

Isso tem afetado particularmente mercados emergentes, como o Brasil, que tendem a se beneficiar de perspectivas de juros mais baixos em economias como os Estados Unidos. Até a quinta-feira, o índice MSCI para mercado emergentes (.dMIEF00000PUS) acumulava uma queda de mais de 6% no mês.

Dados da B3 sobre o fluxo de investidores estrangeiros na bolsa brasileira em janeiro endossam esse menor apetite, uma vez que mostram saída líquida de 59,3 milhões de reais até o dia 17.

"A expectativa quanto a quando o Fed irá iniciar o processo de queda da taxa de juros no país tem dominado o comportamento dos preços dos ativos financeiros nos Estados Unidos e sido um importante fator no comportamento destes preços no Brasil", disse o economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo.

Em Nova York, o S&P 500 
SPX
 tinha acréscimo de 0,18% nos primeiros negócios, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA 
US10Y
 marcava 4,1687%, de 4,144% na véspera.

Na cena local, o IBC-Br, índice de atividade econômica calculado pelo Banco Central que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou uma variação positiva de apenas 0,01% em novembro ante outubro, frustrando expectativas de economistas que apontavam um acréscimo de 0,1%.

Também pela manhã, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que há um acordo com o governo para o Executivo revogar a medida provisória que reonera a folha de pagamentos de diversos setores da economia.

Em fala durante evento do Grupo Lide, realizado em Zurique, na Suíça, Pacheco assegurou que a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 2027 — aprovada pelo Congresso, vetada por Lula, mas mantida pelos parlamentares via derrubada do veto — valerá.

Fonte:Reuters

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