Ao longo dos seus 16 anos de história, a Conferência de Segurança de Munique apresenta normalmente muitas empresas que tentam ganhar contratos de defesa e uma rejeição sumária de qualquer coisa apresentada pela Federação Russa.
Mas, numa mudança de ritmo, a 16ª edição da conferência foi concluída com um acordo elaborado por uma série de grandes empresas tecnológicas para tentar impedir a utilização da inteligência artificial para enganar e semear o caos durante as eleições nacionais.
Tal como salientam as empresas, 2024 trará mais eleições para mais pessoas do que qualquer ano na história, com mais de 40 países, incluindo duas das três maiores democracias do mundo, e mais de quatro mil milhões de pessoas a escolherem os seus líderes e representantes através do Direito de voto.
A intenção deles com o acordo é combater conteúdo eleitoral enganoso de IA, como “convencer áudio, vídeo e imagens gerados por IA que falsificam ou alteram enganosamente a aparência, voz ou ações de candidatos políticos, funcionários eleitorais e outras partes interessadas importantes em um eleições democráticas, ou que forneçam informações falsas aos eleitores sobre quando, onde e como podem votar legalmente”.
Os signatários incluem Meta, OpenAI, X, TikTok, Microsoft, McAfee e Amazon.
Como os últimos 8 anos foram caracterizados por vários eventos importantes que colocaram a censura nas redes sociais e a infiltração governamental e o controle da Internet nunca muito longe do centro do debate em torno da tecnologia e do seu papel na sociedade, as empresas foram rápidas em apontar que tal IA- o conteúdo gerado, caso esteja presente, não será removido imediatamente (presumivelmente, a menos que viole outros termos de serviço relacionados à exibição de conteúdo violento ou gráfico), mas sim rotulado como gerado por IA para que as pessoas possam fazer sua própria verificação de fatos em relação ao que a imagem ou vídeo gerado por IA diz ou afirma.
Três grandes democracias já foram às urnas para escolher os seus executivos: Indonésia, Paquistão e Bangladesh, enquanto Taiwan também realizou eleições. Daqui a 9 meses será a vez dos Estados Unidos, mas dezenas de outras também ocorrerão.
Com informações: goodnews.
